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Arena Condá, a remodelação nos últimos 15 anos

Atualizado: 12 de dez. de 2020


Gustavo Azevedo

Arena Condá em 2005 (Foto Reprodução Internet)


Desde a ascensão da Associação Chapecoense de Futebol da série D à série A, o antigo Estádio Regional Índio Condá, hoje Arena Condá, passou por várias mudanças para ser o palco de grandes jogos da chape. O projeto para as primeiras grandes mudanças começou a ser articulado sob a administração do então prefeito João Rodrigues (DEM na época) em 2005.


Segundo Rodrigues, o projeto para a construção do estádio na época para muitos empresários era uma utopia, porque a Chapecoense era um pequeno clube que sequer disputava a Série D do brasileirão. Mas o prefeito como idealizador e apaixonado pelo clube e visando investir na área recreativa e no lazer dos chapecoenses decidiu por executar a obra.


A modernização se iniciou e tinha como objetivo a construção da atual Ala Sul, a ampliação da capacidade da arquibancada desse setor, e as melhorias também incluiam neste mesmo projeto o aproveitamento do espaço vago abaixo das arquibancadas para a construção de 18 salas para uso da prefeitura para os departamentos como: Procon, Secretaria de Habitação, Fundação Municipal do Meio Ambiente e Centro de Educação de Jovens e Adultos (Colégio Paulo Freire). O valor total disponibilizado pelo governo federal na época foi de R$3,5 milhões.


Em 2009, na administração de José Claudio Caramori (PSD), deu-se continuidade ao novo projeto que incluía a construção da Ala Norte, com as mesmas ideias de aproveitamento funcional pela prefeitura municipal dos espaços sob as arquibancadas. O projeto foi dividido em duas fases, onde na primeira foi gasto R$5,4 milhões e na segunda R$3,5 milhões. Neste projeto incluía as obras onde existe hoje a secretária de saúde e a farmácia municipal. Na arquibancada da Ala norte com o término desta obra, a capacidade do estádio ampliou o número de lugares de 10 mil para 13 mil.


Em 2012, a Chapecoense disputou a Copa do Brasil pela primeira vez na história do Clube, contra o Cruzeiro. As reclamações do técnico Vagner Mancini e dos jogadores do Cruzeiro, contribuíram para fortalecer o projeto da troca do gramado. A prefeitura decidiu optar pela troca, onde foi comprada uma grama especial que resiste ao frio e as altas temperaturas, e foi instalado um sistema de irrigação e drenagem. Já na execução desta obra foi gasto um total R$ 640 mil.

Em 2013, na terceira e última etapa, o projeto foi a construção da Ala Leste e nordeste. O investimento para a nova estrutura foi R$ 6,7 milhões. Com o término da obra a capacidade total do estádio chegou ao atual que é 20.089 torcedores.


Nesse meio tempo a Chapecoense iria disputar a Série B em 2013, quando surgiu um novo projeto para a construção e o melhoramento das cabines de transmissão, que passou de 10 para 18, também foram construídos banheiros e vestiários na ala oeste, e foi revitalizada a antiga iluminação onde inicialmente tinha 13 refletores passando para 20. O custo para esta nova reforma foi de R$ 147 mil. Ao todo foram gastos quase R$ 20 milhões para a atual Arena Condá sem somar R$ 1,6 milhões em outras obras como: (colocação de cadeiras na Ala Oeste, reforma da cobertura da Ala Oeste, reformas das cabines de TV e rádio, pinturas e melhorias em geral no estádio, instalação de câmeras de segurança para uso da polícia militar, etc) e manutenção que não contabilizamos para não alongar esse material.


Com a Chapecoense em ascensão nos últimos anos, o clube começou a disputar torneios internacionais. Em novembro de 2016, no primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, a Associação Chapecoense de Futebol decolou rumo à cidade de Medellín na Colômbia em um voo fretado pela empresa boliviana LaMia. Mas na madrugada do dia 29, o avião do clube acabou caindo na cidade de Rio Negro, há 38 km do seu destino que era o aeroporto Internacional José María Córdova onde o time pretendia pousar. A comoção na época foi mundial, sendo que foi uma das maiores tragédias já vista na história do esporte. Depois deste episódio que deixou marcas profundas, igual a fênix, a Associação Chapecoense de Futebol ressurgiu das cinzas.


Logo após esse acontecimento que entristeceu o mundo, em 2017, chega um novo recurso para a modernização do estádio. Através de um convênio entre a Prefeitura Municipal de Chapecó, Governo Federal por intermédio do Ministério dos Esportes com o financiamento pela Caixa Econômica Federal no valor de R$ 15,6 milhões que será investido na execução da primeira etapa das obras de ampliação e modernização na Arena Condá, que prevê a instalação da cobertura metálica na Ala Leste, o rebaixamento das arquibancadas da Ala Sul, e a transferência dos camarotes de visitantes acima da Ala Norte. Ainda está no projeto na Ala Leste a construção do museu da Chapecoense, contendo as relíquias do clube expondo troféus, camisetas, fotos antigas e imagens digitais em telões onde se visualizará em telões vídeo clipes dos principais jogos disputados pela Associação Chapecoense de Futebol. Também haverá no museu o espaço da saudade, que homenageará as vitimas da tragédia na Colômbia, transformando o estádio num ponto turístico de Chapecó.


Porém não estava incluído no projeto a instalação do novo sistema de iluminação da Arena, onde foi gasto R$2,9 milhões. A execução desta etapa não projetada, deu início em abril de 2019, com a instalação de 4 novas torres em chapa de aço de alta resistência, contendo em cada uma delas 46 projetores, mas as mesmas contém uma reserva para mais 14 para uma ampliação futura na iluminação. Para o pleno funcionamento dessa estrutura, foi construída juntamente uma nova subestação de geradores de energia, tudo para atender as normas exigidas pela CBF.


Com o fim destas obras o valor total gasto na Arena Condá atingirá aproximadamente R$39 milhões.

Analisamos os dados e verificamos que no ano 2013 foi o período onde registrou o maior gasto que totalizou R$7.302.521,21. Vimos que nos anos 2005 a 2020, os maiores gastos foram com as construções, reformas e pintura das estruturas do estádio. Na disputa da modernização dos estádios no Brasil, o Fluminense Football Club apresentou um projeto em 2019 que visa a revitalização do Estádio das Laranjeiras que terá a capacidade aumentada para 15 mil pessoas e este projeto custará ao clube em torno de R$ 70 milhões. O clube alega que se chegará a esse valor devido a construção de uma mega loja junto ao estádio, um museu, e a cobertura total das arquibancadas.


Além disso, os idealizadores deste projeto também terão que fazer a revitalização visando a sua forma original de 1919, devido o estádio das Laranjeiras ser patrimônio arquitetônico e histórico tombado em nível Municipal, Estadual e Federal, cumprindo a Lei Federal nº 25 de 30 de novembro 1937, portanto por lei não pode ser demolido, e sim restaurado, sendo que a restauração segundo o presidente do clube Luiz Mário Bittencourt filho de um engenheiro civil que também têm especialização em patrimônio histórico e que está desenvolvendo o projeto do novo estádio, justifica o valor estimado ficará em torno dos 70 milhões, devido a restauração exigir um trabalho mais delicado.


Atualmente o estádio comporta em torno de 2 mil lugares e não recebe jogos oficiais e é usado para treinamento do diário do clube. Tentamos entrar em contato com a Chapecoense para ver quais são as responsabilidades do clube com o estádio, e qual é o acordo entre prefeitura e a instituição, e quais são os gastos mensais do clube em manutenções no estádio, porém até o fechamento desta matéria não recebemos nenhuma resposta.




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