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  • Luana Poletto

Acin Jornalismo: um laboratório de ensino

Atualizado: 10 de dez. de 2021

Por Luana Poletto

Durante a graduação, as experiências vivenciadas contribuem para ampliar o conhecimento. A Agência de Comunicação Integrada (Acin) Jornalismo do curso de Jornalismo da Unochapecó, é um laboratório de ensino que possibilita aos estudantes o exercício teórico e prático da profissão. Fundada em 2002, diversas pessoas já passaram pela Acin e levam consigo todo o aprendizado adquirido a partir da oportunidade de estágio.


A agência tem ratificado seu compromisso com uma formação de qualidade e atua com base nas diretrizes nacionais. O trabalho da Acin Jornalismo baseia-se em qualificar os estudantes para explorar práticas criativas e narrativas inovadoras, sem deixar de lado o ensino e a aplicação do jornalismo credível. É um espaço onde os alunos podem atuar, desde o primeiro semestre, com tudo que aprendem em sala de aula, nas diversas áreas da profissão, o que possibilita também experiências que podem orientar no que seguir no mercado de trabalho.

A agência dispõe de oportunidades para o estágio voluntário e há também vagas para o estágio remunerado, que costumam abrir a cada semestre ou ano. A coordenação é feita por dois professores e uma técnica administrativa que orienta os estagiários, função desempenhada atualmente pela jornalista Eliane Taffarel. Ela destaca que, em seu papel de orientação, sempre traz como um ponto crucial o de que também já foi estudante, então compreende como são os processos, como é o aluno buscar se desafiar para fazer uma produção que nunca fez.



Os relatos de quem já passou pela agência comprovam o quanto ela é importante. O estudante do 6º período do curso, Christopher Marin, conta que a Acin é, para ele, uma família que foi essencial para seu crescimento pessoal e profissional. “Poder estar em um espaço de aceitação, companheirismo, que todos podem dar sua opinião para o crescimento da equipe, e que todos podem errar sem ser repreendidos, isso tudo ajuda a ter um senso de responsabilidade grande no trabalho em equipe, principalmente estando em um lugar em que cada um tem suas habilidades e personalidades específicas. A experiência minha de quase três anos eu diria que foi o que me prendeu no jornalismo e mostrou o que realmente é atuar na profissão”, frisa.


Estagiários atuando na agência.

Foto: divulgação Acin Jornalismo


Eliane conta que a maioria dos retornos dos estudantes que atuaram tanto no estágio voluntário como no remunerado, é de que foi na agência que eles se descobriram. “Esse é o papel fundamental da Acin, propiciar que o aluno aqui produza conteúdos jornalísticos que são sempre com muita qualidade, e ao mesmo tempo possa se descobrir, testar nas várias áreas. É gratificante você ver os estudantes saindo daqui e alçando vôos. Aqui é um espaço para que ele se encontre, para que pratique e daqui alce vôos maiores pro mercado, mostrando que a gente pode fazer um jornalismo de qualidade, mudando pequenas ações, então ele sai daqui com essas ideias novas, com essa vontade de fazer o novo, fazer muito mais”, ressalta.


Christopher também sente que a Acin foi essencial nesse processo de descobrimento. “A agência me fez uma pessoa muito autodidata, principalmente quando as produções exigiam conhecimentos de áreas que eu ainda não conhecia, mas que me interessavam. A diversidade de pensamentos de cada ser humano que tive oportunidade de trocar experiências me fez uma pessoa muito melhor em todos os sentidos. Na agência não há descriminação, há o ensino, o debate, e esse acolhimento foi o que mudou minha cabeça para melhor, porque eu via que quem estava à minha volta se esforçava para me fazer uma pessoa melhor, e isso me deu forças para me esforçar também”, conta.


Eliane explica que na agência a aprendizagem é bastante importante pois a prática é diária, diferentemente da sala de aula, o que possibilita ao estudante um contato maior com o exercício da profissão. “Para além do sentido de entrar em contato com fontes, pensar pautas, aqui também tem a questão da ética. O estudante vai se confrontar com situações que ele vai dizer ‘e agora, o que eu faço?’, porque isso faz parte do trabalho, sempre pensando no código de ética dos jornalistas. Aqui é um local onde ele vai se confrontar muitas vezes com esses debates, só que com orientação, tanto minha como dos professores, então a agência também contribui nisso, porque os primeiros debates éticos que ele vai fazer talvez seja aqui”, destaca.


Além das atividades desenvolvidas no próprio espaço da agência ou pela universidade, a Acin possibilita aos estudantes, em algumas ocasiões, “estarem nas ruas” para realizar a cobertura de eventos ou acontecimentos em Chapecó. A última manifestação em que a equipe esteve presente, antes da pandemia de Covid-19, foi o “8M Chapecó 2020”, alusivo ao Dia Internacional da Mulher. Foi realizada uma cobertura ao vivo do ato nas mídias sociais.


Equipe da Acin Jornalismo presente no ‘8M Chapecó 2020’.

Foto: divulgação Acin Jornalismo


Durante a pandemia de Covid-19, o trabalho na agência se manteve de forma remota. Eliane conta que com isso foi possível perceber a necessidade que há de um estar perto do outro, do trabalho próximo em equipe. O home office possibilitou a continuidade, mas de uma forma um pouco diferente. Além disso, foi preciso adaptar algumas questões no sentido de equipamentos, já que, estando em casa, os estudantes não conseguem acessar a estrutura da Unochapecó.


Em função disso, os estagiários precisaram buscar alternativas que fossem gratuitas, possíveis de serem usadas e, ao mesmo tempo, entregar um trabalho de qualidade. “Isso é importante, pensando que muitas vezes no mercado de trabalho você não vai chegar lá e encontrar os melhores equipamentos e programas, mas se você tem qualidade na informação que você quer passar, você consegue com esses aplicativos alternativos. É preciso ter essa busca pela melhor informação possível, e desde que ela seja bem apurada, ela pode sim ser feita de forma amadora. Esse também é um dos aprendizados dessa pandemia, o que importa é a qualidade do que você está produzindo e transmitindo”, finaliza Eliane.


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