Histórias Extraordinárias
- Elielson André de Sousa
- 7 de jun. de 2016
- 6 min de leitura
O Professor Elielson André de Sousa desenvolveu esta atividade em sala apresentando o seguinte TEMA: “Histórias Extraordinárias”, com objetivo de os alunos identificarem o narrador-personagem, sendo uma oportunidade para aprender a escrever um texto em 1ª pessoa, e a relação de um parágrafo ao parágrafo anterior.
O conto escolhido foi “O poço e o pêndulo” de EDGAR ALAN POE. Neste conto de Edgar Allan Poe, temos o relato de um prisioneiro numa armadilha. A história se passa na Espanha, durante os anos de perseguição inquisitória, e descreve como o narrador, após receber sua sentença de morte, acorda em uma sala escura, fétida e lodosa, após perder os sentidos no final de seu julgamento.

"O Poço e o Pêndulo" é narrado em primeira pessoa, na forma de um relato, e por isso a sensação claustrofóbica e aterrorizante de quem conta a história fica ainda mais evidente, levando o leitor a também sentir as aflições e terror descritos. A ideia já foi adaptada para o cinema algumas vezes, mas de maneira infiel: sempre como inspiração para um roteiro mais complexo e com mais personagens ou ainda apenas para utilização em uma cena apenas. No entanto, assim como os outros contos do autor, este é rico em detalhes, parágrafos sufocantes e tem uma riqueza textual muito grande. Sempre vale a pena ler Poe.
Edgar Allan Poe (1809-1849), poeta, crítico e contista, nasceu em Boston, representando uma tendência à parte do movimento geral do Romantismo nos EUA. A tendência dos escritores pelo fantástico, pelo misterioso, pelo macabro. Cultivando na sua obra esses temas, Poe personifica uma das tendências mais marcantes do movimento romântico transplantado da Inglaterra para a América.
A vida de Edgar Allan Poe foi marcada pelo sofrimento. Seus pais eram atores de teatro. Depois que Edgar nasceu não se ouviu mais falar de seu pai. A mãe faleceu pouco tempo depois, vítima de tuberculose. Ele e seus irmãos foram adotados por John Allan e sua esposa, prósperos negociantes em Baltimore, onde Poe frequentou a escola primária. Depois estudou na Inglaterra e, em seguida, na Universidade de Virgínia (EUA).
Edgar Allan Poe é considerado o “criador” do conto policial, mas seu principal mérito está na habilidade com que montava suas histórias. Ele as planejava como um bom arquiteto planeja um edifício, envolvendo o leitor de tal maneira que o conduz “hipnoticamente” ao desfecho da história. Isso revela o dualismo de sua arte e personalidade: de um lado “visionário e idealista”, mergulhado em poemas de tristeza e narrativas de horror e policiais. Um homem de vida conturbada, dominado pelo vício do álcool e excesso de ópio. Por outro lado, era um “artesão exigente”, um escritor que orgulhava de sua técnica e do racionalismo com que criava suas histórias. É essa dualidade que o projeta como um dos mestres da literatura mundial.
Após contextualização do autor e da leitura do conto, os estudantes do 9º ano da EEF Maidana - Àguas de Chapecó - SC desenvolveram um conto de releitura como atividade de Produção de Textos, seguindo ao que fora lido. Veja o processo de produção do conto e ao final os dois dos textos produzidos.



(RELEITURA 1)
O POÇO E O PÊNDULO
Na multidão ímpia dos carrascos, insaciada, alimentou sua sede violenta de sangue inocente e salva a pátria, destruíndo o antro do crime, reinam a vida e a salvação onde reinava a cruel morte.
Estava exausto, mortalmente exausto com aquela longa agonia e, quando por fim me desamarraram e pude sentar-me, senti que perdia os sentidos. A sentença - a terrível sentença de morte - foi a última frase que chegou, claramente, aos meus ouvidos. Mas isso durou pouco, pois, logo depois, nada mais ouvi. Não obstante, durante alguns momentos, pude ver, mas com que terrível exagero!
Via os lábios dos juízes vestidos de preto. Pareciam-me brancos, mais brancos do que a folha de papel em que traço estas palavras, e grotescamente finos - finos pela intensidade de sua expressão de firmeza, pela sua inflexível resolução, pelo severo desprezo ao sofrimento humano.
Via que os decretos daquilo que para mim representava o destino saíam ainda daqueles lábios. Vi-os contorcerem-se numa frase mortal; vi-os pronunciarem as sílabas de meu nome - e estremeci, pois nenhum som lhes acompanhava os movimentos. Logo após, a simples consciência da minha existência, sem pensamento - estado que durou muito tempo. Depois, de maneira extremamente súbita, o pensamento, e um trêmulo terror - o esforço enorme para compreender o meu verdadeiro estado. Logo após, vivo desejo de mergulhar na impassibilidade. Depois, um brusco renascer da alma e um esforço bem sucedido para mover-me.
De repente, uma ideia terrível acelerou violenta mente o sangue em meu coração e, durante breve espaço, mergulhei de novo na insensibilidade. Ao recobrar os sentidos, pus-me logo de pé, a tremer convulsivamente. Alucinado, estendi os braços para o alto e em torno de mim, em todas as direções.
Não senti nada. Não obstante, receava dar um passo, com medo de ver os meus movimentos impedidos pelos muros de um túmulo. Dei muitos passos, mas, não obstante, tudo era treva e vácuo. Sentia a respiração mais livre. Poderia haver apertado as paredes incandescentes de encontro ao peito, como se fossem uma vestimenta de eterna paz. “A morte", disse de mim para comigo. "Qualquer morte, menos a do poço!" Insensato! Por fim, já não existia, para o meu corpo chamuscado e contorcido, senão um exíguo lugar para firmar os pés, no solo da prisão.
Deixei de lutar, mas a angústia de minha alma se extravasou em forte e prolongado grito de desespero. Senti que vacilava a boca do poço, e desviei os olhos... Mas ouvi, então, um ruído confuso de vozes humana! O som vibrante de muitas trombetas! E um ruído poderoso, como de mil trovões, atroou os ares! As paredes de fogo recuaram precipitadamente! Um braço estendida agarrou o meu, quando eu, já quase desfalecido, caía nu abismo.
Por: André Lang - 9º Ano - EEF Maidana
(RELEITURA 2)
O POÇO E O PÊNDULO
Mistérios
Noite de lua cheia, um grupo de homens estava passando por uma transformação, pois eles eram anormais, estavam onde havia várias cruzes no chão e embaixo de cada cruz havia uma pessoa que possuía poder. Esse grupo libertou cada pessoa de sua cruz, com a condição de que eles não iriam usar de vingança e para aquelas pessoas que foram libertas identificarem o grupo eles, os homens, usavam capuz preto e sempre andavam em grupo.
Viviam misteriosamente, ninguém os conhecia, no ambiente onde havia as cruzes no chão era como em uma guerra, vários arames farpados enrolados nas cruzes, lugar escuro, sombrio, com um aspecto pálido havia o brilho da lua e muita neblina. Mais tarde numa casa, não muito longe dali, residia uma família, essa família com o sobrenome Jones, constituída por um casal e a irmã da mulher. Na hora do almoço o aroma chamou a atenção dos vizinhos. Estes vizinhos, com fome, aproximaram-se para conversar e durante a troca de palavras avisaram a família do perigo de viver na região. Um grupo de homens que usam faixas na cabeça e esta faixa era abastecida pela luz da lua cheia.
Os vizinhos falaram que não era para eles abrirem a porta ao anoitecer, nem se fosse algum parente pois essas pessoas sabiam se disfarçar, como mudar de corpo e ficar igual eles. Depois disso foram para suas casas antes que anoitecesse. Todos da família Jones estavam indo dormir quando as portas começaram a bater e as janelas a abrir e fechar, vozes atrás da porta, parecidas com a da mãe do Sr. Jones. Todos foram em frente a porta. Sr. Jones lentamente abriu a porta e almas assustadoras o jogaram contra a parede e desmaiou, sua mulher e sua cunhada correram para o sótão e se trancaram em um quarto. As almas estraram no corpo do Sr. Jones, o tornando um zumbi. O zumbi subiu ao Sótam e entrou no quarto e vasculhou-o e como não achou nada ficou em frente a escada e as mulheres o viram e o empurraram na escada que desceu rolando e caiu dentro da lareira que estava acesa queimado ali ficou, as mulheres então fugiram.
Até hoje não sabem o que houve com elas!
Por: Lucas Basso - 9º Ano - EEF Maidana
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