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  • Mônica Elisa Guerini

A leitura conecta

Atualizado: 10 de dez. de 2021

A 4ª edição da Feira do Livro Chapecó, realizada de maneira virtual, traz novas perspectivas ao público

Por Mônica Elisa Guerini

O crescimento significativo das últimas três edições da Feira do Livro Chapecó, mostrou o crescente interesse da população da região do oeste catarinense pela leitura. Dedicada a incentivar o gosto pelas artes, em destaque a de ler, a quarta edição da feira foi diferente, devido a pandemia, foi realizada de maneira virtual, entre os dias 26 de outubro e 04 de novembro, seguindo as medidas de proteção e segurança contra a covid-19.


Feira do Livro Chapecó 2021


Segundo Jonatas de Oliveira, um dos organizadores da feira, com o cancelamento da edição de 2020, os organizadores acabaram perdendo o ritmo, então, para 2021, reorganizar tudo foi desafiador, novas estratégias precisaram ser construídas para a realização das atividades, organização e boa comunicação. Mas com bastante trabalho, foi possível contornar a situação e construir uma feira com bastante participação das entidades públicas. Ainda segundo Jonatas a realização da feira em 2021 de maneira virtual, foi algo necessário em virtude da pandemia e foi uma postura responsável que a feira adotou com os patrocinadores para garantir também que as exigências sanitárias se cumprissem.


A realização online teve aspectos positivos, como o aprendizado que os organizadores tiveram nesse processo de reorganizar toda a parte estrutural da feira, e as atividades. A feira acabou gerando contratempos, mas nada impossível de ser resolvido. Ressalta também a importância do engajamento e da audiência na forma remota, pois como a feira trabalha com o público escolar, são pessoas que com o movimento presencial gostam de estar circulando, visitando e tocando os livros. Neste ano, isso não foi possível, mas a equipe organizadora buscou suprir isto de outra maneira. Nesta edição a feira não abrangeu uma plateia maior, mas teve mais escolas envolvidas do que nos anos anteriores.


Cobertura e organização da feira


A caloura do curso de jornalismo Anna Luisa Schuck, participou pela primeira vez da cobertura jornalística da feira nesta edição de 2021, juntamente com o aluno do 6° período Christopher Marin. E para Anna, por ser a primeira oportunidade que teve dentro do curso, participar de algo grande como o evento da feira do livro, foi uma experiência muito boa e que irá agregar muito para os próximos eventos. Essa oportunidade de poder ajudar, superou suas expectativas, e pretende, se for possível, participar ainda mais no ano que vem.


Feira do Livro Chapecó 2021


Para o aluno do 6º período de jornalismo da Unochapecó, e futuro jornalista, Christopher Marin, estar dentro de um evento que tem como objetivo de espalhar a leitura, é extremamente importante pensando no momento em que estamos, com a tecnologia avançando muito rápido, as pessoas querendo cada vez mais coisas rápidas, que chegam ao público já mastigadas. Por esse motivo, o hábito da leitura acabou ficando de lado,sem incentivos, e a feira do livro veio justamente com essa ideia, de incentivar os jovens, para que desenvolvam um senso crítico e ajudem a mudar o mundo.


Sobre a cobertura da feira como jornalista, Christopher diz “Acredito que chegamos no curso e já nos tornamos jornalistas, pois já temos a responsabilidade com a informação, então como jornalista as práticas de participar de eventos como esse são de extrema importância, acho que todos deveriam participar pelo menos uma vez da feira do livro, porque isso traz muito conhecimento, principalmente entrando em contato com os próprios organizadores, ter essa troca de experiências, e trabalhar com artistas é maravilhoso.”


Segundo o estudante, outro ponto a ser mencionado é a acessibilidade, nesta edição de 2021, por exemplo, toda a edição teve o acompanhamento de uma intérprete de libras, e para Christopher isso realmente mostra algo que o jornalista tem que seguir a risca, que são os direitos humanos: “Não é uma lei, mas é uma coisa que a gente precisa seguir para dar voz às pessoas, e a gente vê isso nesse evento. Vê empatia, aprendi a me preocupar com o coletivo, com a forma como eu falo, com quem eu falo. Também percebi como é importante esse sentimento de acolhimento, porque eles são artistas, e sabemos o quanto quem trabalha com artes sofre no nosso país, a feira incentiva as pessoas a realizarem um sonho que não é impossível.”


Ainda comenta que gostaria muito de participar das próximas edições, seria uma honra ser novamente convidado, mesmo que não seja como jornalista contratado, apenas espera o convite.


Próximas feiras de maneira híbrida


De acordo com o professor Odilon Poli, principal organizador da feira, organizar tudo para um formato virtual foi desafiador, pois a feira sempre foi realizada presencialmente, e devido aos impedimentos da pandemia, a feira 2021 teve de ser pensada para o modo virtual. No fim, a ideia deu tão certo que para 2022 a ideia é realizar a feira de forma híbrida, presencial e online.


Para a próxima edição da feira, Jonatas conta que estão buscando um modelo híbrido, que envolva momentos remotos e online, com momentos presenciais respeitando as medidas de segurança. O grupo está com muita expectativa de trabalhar com as duas possibilidades, mas estão priorizando sempre o respeito à vida e a segurança de todos que fazem presentes na feira do livro.


Sobre a organização e importância do evento, Jonatas esclarece que “como a gente construiu esse ano a feira do livro, o próprio nome dela fala: A leitura conecta, a leitura transforma”. A feira do livro tornou-se este movimento de multi linguagem e permite às pessoas que se conectem com ela e tenham experiências novas: sensoriais, afetivas e emocionais. E também de aprendizado, para os organizadores isto é motivo de muita alegria pois estão levando o poder de transformação da leitura até crianças, jovens e adolescentes, para a comunidade em geral. Estão permitindo aos artistas locais, escritores e livreiros que mostrem o seu trabalho, que mostrem as suas profissões.


Além disso, conta que a feira envolve a comunidade em um movimento que gera transformação e é um caminho para melhorar a sociedade em que vivemos. Segundo ele “a leitura ela tem esse poder, ela faz as pessoas pensarem, refletirem, tornarem-se mais críticas, mais humanas, e também nas atividades da feira, além da literatura, a gente traz a linguagem do teatro, do cinema audiovisual, a linguagem da dança, da música, das artes”. Foi possível desenvolver a sensibilidade estética em quem se conecta com a feira do livro, tornou-se um movimento muito importante, que gera transformações significativas para os que são tocados por ele.



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