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  • Caroline Raquel Schuh

Curso de jornalismo realiza cobertura do 8M

Atualizado: 10 de dez. de 2021

Alunos voluntários estiveram nas ruas para cobrir manifestações

Por Caroline Raquel Schuh

Muita coisa mudou no mundo onde milhões de mulheres marcham todos os anos em busca de direitos, lutam por menos violência e mais respeito. Greves, paralisações, protestos e manifestações acontecem em diversas cidades do país no dia 8 de março. O movimento chamado 8M mobiliza centenas de pessoas num ato de luta histórica das mulheres para terem condições iguais às dos homens.


Lá no início, a data marcava a reivindicação por igualdade salarial, mas nos dias atuais, simboliza uma luta não apenas contra a desigualdade de salário, mas também contra o machismo e a violência.


Na região de Chapecó, o Coletivo 8M surgiu em janeiro de 2020. É composto por um grupo de mulheres de toda a região do oeste de Santa Catarina, e tem como objetivo programar eventos para a semana das mulheres, que antecede o 8 de março. Segundo a organização, “Não somos todas iguais! Mas temos causas, sonhos e objetivos que nos unem!”.


Realizar pautas sociais e fazer um jornalismo sério, respeitoso e humanizado através das coberturas independentes, é o principal objetivo da Agência de Comunicação Integrada do curso de Jornalismo da Unochapecó (Acin).


No dia 8 de março de 2019, os acadêmicos, voluntários da Acin, do curso de Jornalismo foram às ruas de Chapecó realizar a cobertura das manifestações do 8M em parceria com os veículos de comunicação alternativos Jornalistas Livres, Catarinas e Desacato. Foi realizada também cobertura fotográfica do evento e uma produção de um webdocumentário pela equipe de voluntários, composta por alunos, professores e estagiários.


Aline Ogliari – membro do coletivo feminista Fen’Nó. 2019.

Foto: Ana Laura Baldo/Acin Jornalismo.


A cobertura do 8M foi uma das experiências práticas da, hoje egressa, Ana Laura Baldo, que naquele ano estava no 5º período do curso. Cobrindo o manifesto com lives no Facebook, Ana Laura conta que atuar como repórter naquela ocasião foi desafiador. “Foi incrível poder ter um contato com essas pessoas, poder conversar com elas, ouvir elas. Dar voz a elas, para mim, como estudante de jornalismo, não tem preço”, comenta.


Elize Henn, membro do Movimento de Mulheres Camponesas. 2019.

Foto: Ana Laura Baldo/Acin Jornalismo


Juntamente com as fotografias, Ana Laura também produziu releases que enviava aos portais de comunicação Catarinas e Desacato. Ela conta que sua passagem na Acin foi bem breve, mas que as experiências lá vividas foram essenciais para ela se encontrar dentro do jornalismo.


Uma experiência incrível

Em 2020, antes da chegada do coronavírus, Ana Laura decidiu que participar do 8M naquele ano seria diferente. Naquela ocasião, ela participava do Núcleo de Fotografia da Unochapecó, e por conta disso, pôde usar uma câmera disponibilizada pela universidade para registrar os momentos do manifesto.

Ana conta que ficou o dia inteiro tirando fotos e descobriu uma de suas paixões: fotos de perfil. “Eu entendi naquele momento que eu queria mostrar as emoções das mulheres, sorrisos, choros, enfim, as expressões do 8M”.


Cobertura 8M em Chapecó. 2020.

Foto: Ana Laura Baldo


Para ela, fazer a cobertura do movimento 8M sempre foi motivo de muita felicidade. Conta detalhadamente como foi a sua empolgação. “Quando você chega no centro de Chapecó e vê todas aquelas mulheres em cima do caminhão cantando ‘Somos mulheres na resistência, contra o machismo e sem horror, vamos à luta pra derrubar o ódio e pregar o amor’, você arrepia inteira. Eu estava com a câmera na mão e pensava que era aquilo que eu queria pra minha vida. E isso só aconteceu por conta dessas coberturas que fiz com a Unochapecó”.



Cobertura 8M em Chapecó. 2020.

Foto: Ana Laura Baldo


Cobertura 8M em Chapecó. 2020.

Foto: Ana Laura Baldo


Hoje, Ana Laura é foto ativista e fotojornalista. Ela entende que experiências como estas são de grande importância para a formação dos futuros profissionais da área. Além disso, as parcerias feitas com os meios de comunicação alternativos alavanca o curso e os estudantes, e os preparam para um mercado de trabalho mais independente e autônomo. Fatores que só agregam no jornalismo.



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